Além das ações em torno do câncer de pele, o mês de dezembro também chama atenção da sociedade para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), com destaque para a AIDS, doença provocada pelo vírus HIV.
A campanha foi introduzida no calendário nacional de saúde em 2017, com o objetivo de instruir a população sobre métodos de prevenção e informações a respeito do acesso aos testes e a oferta de tratamento das infecções na rede pública.
Entre os tipos de infecções estão herpes genital, sífilis, gonorreia, AIDS, HPV e hepatites virais B e C. As infecções aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo como, por exemplo, na palma das mãos, olhos e na língua.
Maria de Lourdes Liguori, da Vigilância Epidemiológica de Pará de Minas, chama atenção para a importância de se falar do assunto e enfatizar a necessidade de as pessoas adotarem a chamada prevenção combinada.
Em Pará de Minas, segundo dados apresentados pela Vigilância Epidemiológica, a sífilis é o tipo de infecção mais registrado. Até o início de dezembro, foram notificados 164 casos, 33 a mais que o contabilizado em todo ano de 2021.
Desse total, 138 casos são de sífilis não especificada, 3 de sífilis congênita e 23 de sífilis em gestante. Com relação à AIDS, os dados mostram nove notificações neste ano, sendo que em 2021, foram 20.
Os especialistas acreditam em subnotificação, que ocorre quando a pessoa tem o diagnóstico mas não procura uma unidade de saúde para a realização dos testes. Daí a recomendação de que eles sejam regulares:
O cidadão pode solicitar o teste rápido em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS). São realizados dois exames de marcas diferentes e, se houver necessidade, também será feito um exame de sorologia. Tanto a testagem quanto o acompanhamento do paciente são gratuitos e podem ser feitos na rede pública.
