Moradores e sitiantes do distrito de Carioca, especialmente aqueles que vivenciaram os anos de ouro do Lago Azul, esperam por um 2023 de boas notícias para a baía.
Cartão postal da região em décadas passadas devido às suas riquezas hídricas e maravilhas naturais, o Lago Azul se tornou vítima de um longo processo de poluição, que deu origem aos aguapés, e de uma forte seca que atingiu a região nos últimos anos.
Como consequência o lago foi perdendo os seus atrativos e, hoje, está fora da lista de pontos turísticos de Pará de Minas. Segundo Eustáquio Lopes Corrêa, popular Taco do Carioca, a realidade do Lago Azul é muito triste, assim como a falta de ações do Poder Público para sua recuperação.
Uma das esperanças de Taco e da comunidade do Carioca é quanto à finalização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Itaúna, que deverá diminuir a poluição do Rio São João. Havia a expectativa que ela pudesse ser concluída ainda neste ano, mas a obra deve ficar pronta somente em 2023.
Apesar de reconhecer como um ponto positivo a inauguração da ETE da cidade vizinha, Eustáquio chama atenção para outros problemas que agravam a vida do Lago Azul.
Atualmente, todo o esgoto coletado em Itaúna é depositado no Rio São João, que acaba prejudicando o Lago Azul e outros leitos d’água. Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Itaúna, as estruturas e os equipamentos garantirão o tratamento de 219 litros de efluentes por segundo, vazão estimada de acordo com o número de habitantes de Itaúna atualmente. A capacidade máxima instalada, entretanto, é de até 400L/s.
Em resposta ao Jornal da Manhã sobre a previsão de conclusão da ETE, o SAAE disse que as obras estão em estagio avançado, restando somente instalações elétricas e montagens de alguns equipamentos.
A previsão do serviço é que em julho de 2023 já ocorra a operação e inicio de tratamento dos esgotos sanitários do município, para que não ocorram mais lançamentos de esgotos brutos no Rio São João.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM