Problema de saúde pública, o suicídio é um assunto cada vez mais presente nas discussões dos profissionais da área e em grupos da sociedade. Os números aumentaram muito desde o início da pandemia, ligando o sinal de alerta da população em geral para evitar perdas precoces.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais pessoas morrem por suicídio do que por HIV, malária, homicídio e câncer de mama no mundo. E a situação é mais grave quando se leva em consideração que entre os jovens de 15 a 29 anos, esta tem sido a quarta causa de morte mais comum.
No Brasil, o Ministério da Saúde fez um levantamento de casos entre os anos de 2016 e 2021, constatando que no período foram 6.588 casos, sendo as principais vítimas adolescentes entre 15 a 19 anos.
A psicóloga do CREAS de Pará de Minas, Luana de Freitas Vieira, reconhece que o cenário se agravou e tem acometido muitos adolescentes. Segundo ela, são vários os motivos que levam a pessoa a praticar ou tentar o suicídio.
Ainda segundo os dados do levantamento feito pelo Ministério da Saúde, houve um aumento de 49% nas taxas de mortalidade de adolescentes entre 15 e 19 anos, e de 45% entre 10 e 14 anos. A psicóloga defende que a família é fundamental no processo de identificação dos sintomas da pessoa que está passando por um mau momento. Por isso, ela recomenda atenção aos comportamentos e muito diálogo.
Outra dica repassada por Luana é de nunca menosprezar o sofrimento da vítima, evitando, também, os julgamentos.
Além dessas orientações, Luana Vieira recomenda que as pessoas procurem ajuda especializada, seja na rede pública ou privada. Outra alternativa é o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço de ajuda às pessoas com ideias suicidas. Ele é ofertado gratuitamente, 24 horas por dia, através do número 188.