Apesar do déficit de mão de obra em quase todo o país, conforme divulgado pelo Jornal da Manhã dias atrás, a construção civil projeta um ano de expansão.
Segundo estimativa da Câmara Brasileira da Indústria e Construção (CBIC), o setor deve encerrar 2023 com crescimento de 2,5%. Para este resultado, a instituição levou em conta a “evolução consistente dos últimos dois anos, o ciclo de negócios do mercado imobiliário em andamento e a demanda habitacional sólida”.
Outro fator que, segundo a Câmara Brasileira, pode influenciar positivamente para as vendas no setor é a desaceleração dos aumentos do custo de construção, com destaque para a redução do preço dos vergalhões e arames de aço ao carbono. Números apresentados mostram que, de junho a novembro do ano passado, houve uma queda de 7,32%.
Em Pará de Minas, o empresário Saulo Pereira de Melo Mendes, sócio-proprietário da construtora Mendes Marinho, também está otimista. Além dos fatores já citados, ele acredita que a queda na taxa de juros pode aquecer mais o setor, favorecendo as condições de investimento do consumidor.
Questionado sobre a dificuldade de encontrar profissionais para trabalhar nas obras, especialmente serventes, Saulo Mendes admitiu se tratar de um desafio das empresas, mas o classifica como um cenário que prova a força do setor.
Além dos prédios em andamento pela cidade, uma tendência que se observa desde o início da pandemia são as reformas residenciais. Como muitas empresas adotaram o home office, os investimentos para adequação da casa – ou um canto dela – continuam sendo feitos.