A Polícia Civil de Pará de Minas informou que o homem que teve um ataque de fúria no Hospital Nossa Senhora da Conceição, depois de receber a negativa do plantonista para um atestado de saúde com data de validade estendida, poderá pegar de um a três anos de prisão.
O nome dele não foi divulgado, apenas a idade – 46 anos. Ele ficou internado pelo período de 24 horas, para um acompanhamento hospitalar decorrente de uma cirurgia a que foi submetido há alguns meses.
Quando recebeu alta, pediu ao médico um atestado de 14 dias, mas o profissional só deu três dias. A reação do paciente foi violenta, gerando perdas materiais, e ele deverá responder criminalmente por danos ao patrimônio público.
Ele foi preso em flagrante e encaminhado para a Regional de Segurança Pública, sendo liberado depois de pagar fiança. O delegado Carlos Henrique Gomes Bueno é quem está à frente do caso e falou ao Jornal da Manhã, revelando detalhes da ocorrência:
O delegado lamentou a violência que passou a fazer parte do cotidiano das pessoas:
A ocorrência também traz à tona novamente um dos problemas que o empresariado mais tem reclamado nos últimos meses – a busca crescente de atestados médicos apresentados pelos trabalhadores.
No auge da pandemia, muitas empresas chegaram a trabalhar com apenas 30% do número de funcionários, enquanto os outros permaneciam em isolamento domiciliar.
Na época, também houve muitos flagrantes de trabalhadores afastados que, ao invés de cumprir o distanciamento, aproveitavam a folga para descansar em sítios ou mesmo em clubes e praias, conforme mostravam as redes sociais.
Com o passar dos meses a situação melhorou, mesmo assim ainda hoje a maioria dos donos das empresas reclama da grande quantidade de atestados apresentados em várias situações.
Mas até então, a cidade só tinha registrado reclamações verbais. É a primeira vez que a negativa de um atestado gera ataques ao patrimônio público.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação