O setor têxtil no Brasil vai atravessar mais um ano de grandes desafios. Conforme o JM antecipou, a falta de algodão no mercado tem freado a produção nos parques industriais, inclusive, com reflexos em Pará e Minas.
Mas o problema não para por aí. De acordo com Júlio José de Morais, administrador da Coopertêxtil, o mercado também está apreensivo por causa das mudanças no governo Federal, o que dificulta o desempenho do segmento.
Mas apesar disso, a Coopertêxtil está conseguindo manter a rotina de produção, mesmo que em ritmo desacelerado.
Júlio Morais lembrou que, nos tempos mais difíceis da pandemia da Covid-19, a cooperativa trocou a produção de tecidos por máscaras faciais. Foi essa medida que manteve a fábrica funcionando, antes dela retomar sua vocação na moda, sobretudo no acabamento de tecidos para camisaria.
É importante lembrar que desde 1992 o setor têxtil brasileiro vem sofrendo mudanças, sobretudo com a entrada da China como concorrente direta na produção de tecidos e, mais tarde, com a exportação de roupas prontas.
Este fato provocou o fechamento de diversas fábricas em solo brasileiro, mas facilitou a abertura do mercado para grandes multinacionais da China. O resultado é o que vemos por aí – a presença, cada vez maior, de produtos importados no varejo.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM