Avicultores brasileiros estão preocupados com o avanço da gripe aviária nos países da América do Sul.
Peru, Colômbia, Chile, Venezuela, Equador e, por último, a Bolívia, registraram casos da influenza viária de alta patogenicidade, causada pelo vírus H5N1. Somente na Bolívia, foram abatidas 240 mil aves doentes e contaminadas em quatro municípios.
A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves domésticas e silvestres. Essa é a maior epidemia ocorrida no mundo e a maioria dos casos está relacionada ao contato das aves silvestres migratórias com as de subsistência, de produção ou mesmo aves silvestres locais.
Segundo o médico veterinário do IMA em Pará de Minas, Sérgio Luiz Lima Monteiro, o período de maior migração das aves do Hemisfério Norte para a América do Sul vai de novembro a abril, o que reforça a necessidade das medidas de vigilância por parte do instituto e dos produtores.
O que preocupa a cadeia produtiva é que, em caso de confirmação da influenza altamente patogênica, todas as aves, ovos e produtos avícolas das granjas deverão ser destruídos imediatamente.
No escritório seccional do IMA, por exemplo, estão cadastradas cerca de 250 granjas, com a produção de milhares de aves.
Desde o ano passado, o IMA tem executado ações de prevenção para evitar a chegada da gripe aviária no estado. A intensificação das medidas de vigilância inclui, por exemplo, a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias para monitorar a circulação viral.
Além de países da América do Sul, a gripe aviária também já foi registrada em nações da Europa, Ásia e África, assim como nos Estados Unidos. Diante do surto, a Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou que a doença representa baixo risco para humanos, mas ainda precisa ser monitorada.
A entidade recomenda não tocar em animais selvagens mortos ou doentes e reportar qualquer caso às autoridades locais, para que o monitoramento seja feito.
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