Segundo dia de prova do Enem não trouxe grandes surpresas, mas exigiu muita interpretação. Candidatos também se queixaram do calorão nas salas. O agronegócio também apareceu no segundo dia de provas do Enem, mas foi apresentado de forma negativa para provocar a reflexão dos candidatos. O tema surgiu em quatro questões, com as consequências negativas do uso de pesticidas e do desmatamento.
Outros temas que também apareceram na prova de ciências da natureza, aplicada ontem, estavam relacionados à causa hormonal da tensão pré-menstrual (TPM), álcool e à Síndrome de Down. Mas os candidatos ainda tiveram que mostrar conhecimento em geometria espacial, matemática financeira, vacina de RNAm da Covid-19, leishmaniose, funcionamento das usinas nucleares de Chernobyl e Fukushima.
Entre as 45 perguntas de matemática e mais 45 de física, química e biologia, também houve questões mais leves, como a da tirinha do Cebolinha com Cascão fazendo telefone improvisado e o amadurecimento dos abacates. Mas os candidatos se queixaram mesmo foi da prova de matemática, com gráficos e textos que, só de olhar, já provocavam tensão. No entanto, a maioria reconheceu que o nível de estresse era menor que no primeiro dia de provas.
O Jornal da Manhã acompanhou a movimentação em Pará de Minas, onde houve quase duas mil inscrições para o Enem. E pegou logo um grupo de estudantes com um grande desafio – conquistar uma vaga para o curso de Medicina. Luiz Henrique Tavares, Marcelo Alcântara, Priscila Assis avaliaram o desempenho:
Já o estudante Pedro Viana gostou da experiência. Treineiro de primeira viagem, ficou atento a todos os detalhes para enfrentar a disputa no ano que vem.
Maria Fernanda Pereira Martins, moradora do centro de Pará de Minas, também falou do desgaste mental que as provas exigiram, mas deixou a sala da prova otimista e decidida – se não der neste ano, será no próximo:
Para Ana Gabriela Guimarães, que disputa uma vaga universitária pela segunda vez, as provas foram mais fáceis do que ela imaginava:
Já a avaliação dos especialistas é que a prova de ontem não foi de grandes surpresas. De modo geral, eles consideram que o nível de dificuldade deste ano foi mais fácil que em 2022.
Também chamou atenção dos professores dos cursinhos preparatórios o fato das questões terem sido menos atuais, com textos anteriores a 2015, situação bem diferente do domingo passado, que trouxe muita abordagem atualíssima.
Fotos: Myrtes Pereira/Rádio Santa Cruz FM
