O divórcio de pessoas com mais de 50 anos de idade, também chamado de divórcio grisalho, é uma realidade cada vez mais comum no Brasil.
Nos últimos 20 anos, segundo dados do IBGE, o número de separações deste público aumentou em 28%, índice maior que registrado entre os casais mais jovens (de 20 a 50 anos), que foi de 22%.
Em 2021, por exemplo, os divórcios grisalhos representaram quase 26% do total de separações registradas no Brasil. Nós tentamos obter os números de Pará de Minas junto ao Cartório de Registro Civil, mas até o fechamento desta reportagem não tivemos retorno do órgão.
Segundo a psicóloga Fernanda Abreu, cada casal tem seu motivo para optar pelo rompimento da relação, mas existem alguns fatores em comum que ajudam a entender este cenário.
Outros fatores que influenciam nos divórcios são a falta ou dificuldade de comunicação entre o casal e questões financeiras.
Apesar do crescimento do número de separações entre pessoas com mais de 50 anos, Fernanda Abreu admite que colocar um ponto final na história do casal nunca é uma decisão fácil, especialmente após décadas de relacionamento, com a chegada de filhos ou até netos.
Mesmo infelizes, algumas pessoas ainda insistem na relação por acreditarem que, em algum momento, a chave vai virar e as coisas vão melhorar.
Depois de tantos anos de convivência com outra pessoa, a separação causará um impacto inicial na vida dos divorciados. Para superar o momento, a psicóloga recomenda a busca por atividades novas, sejam elas no campo físico, com a prática de novos esportes, sejam elas no campo cultural, além de aproximação de grupos de pessoas da mesma idade, o que a especialista classificou como rede de apoio.
Ainda em entrevista ao Jornal da Manhã, Fernanda Abreu chamou atenção para as aventuras no casamento. Segundo ela, tem muita criança vestida de adulto entrando em relacionamentos.
Por fim, a psicóloga deixou um recado aos casais de Pará de Minas para a valorização do casamento.
Vale destacar que os números divulgados nesta reportagem são de divórcios oficializados em cartório, ou seja, a quantidade de separação entre as pessoas com mais de 50 anos pode ser ainda maior em virtude das pessoas que continuam casadas no papel, mas na prática não vivem mais juntas.