Faltando apenas dois dias para o início do ano letivo, tanto nas escolas públicas como privadas, a decisão do Colégio Santo Agostinho, em Belo Horizonte, continua repercutindo. Em dezembro, o tradicional colégio mineiro anunciou que não vai permitir o uso do celular até o 7º ano. A medida, inclusive, já consta no regimento interno e foi divulgada em detalhes para os pais dos alunos.
Segundo a direção do estabelecimento, o celular não é um objeto necessário na rotina escolar, podendo as famílias dispensar o envio. Além disso, o Santo Agostinho também pretende reforçar a oferta de brincadeiras entre crianças, com opções de interação durante o horário do recreio. De modo geral, a reação dos pais foi positiva.
Nas redes sociais, muitos demonstraram apoio à iniciativa, afirmando que os meninos passam 90% do tempo no celular, dificultando o aprendizado na escola. Outras famílias afirmaram que também cabe aos pais colocar limite no uso das telas em casa, porque não adianta a escola restringir e em casa ser liberado.
Especialistas concordam plenamente com as manifestações, sustentando o argumento de que o uso excessivo do celular pode levar à diminuição do Quociente de Inteligência (QI) antes do previsto. Pesquisadores também entraram nas discussões, destacando que a restrição ao uso de telas já é adotada por escolas de outros países, caso da Suécia.
Estudos comprovam que o uso de telas no aprendizado diminui as habilidades de pesquisa e o interesse em realmente querer entender determinados assuntos, porque vem tudo pronto na tela. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda exposição máxima à tela de duas horas por dia, para crianças e adolescentes.
Nas últimas semanas a redação do Jornal da Manhã recebeu ligações de pais interessados em saber se esta medida também seria tomada em Pará de Minas. O JM buscou informações e apurou que as escolas públicas e particulares da cidade não pretendem proibir o uso do celular, no entanto, deixaram claro que os alunos têm normas a serem seguidas e elas são rígidas.
Os celulares são vistos como grandes aliados do processo educacional, mediante condução dos educadores, por isso eles continuarão fazendo parte do processo. E agora uma novidade que vem direto do Rio de Janeiro. A prefeitura anunciou a proibição do uso de celulares e dispositivos eletrônicos nas escolas públicas municipais, por meio de decreto já publicado no Diário Oficial.
A medida entrará em vigor em 30 dias e revoga a normativa anterior. Que limitava o uso dos aparelhos apenas dentro da sala de aula. Agora, os estudantes estão proibidos de utilizar celulares tanto dentro como fora da sala, durante a explicação do professor, na realização de trabalhos individuais ou em grupo, e até mesmo durante os intervalos. Exceções estão previstas para casos específicos, como alunos com deficiência ou condições de saúde que dependem do uso desses dispositivos.
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