Hoje é dia de volta às aulas. Milhares de crianças e adolescentes acordaram bem mais cedo para organizar o material e reencontrar os colegas e professores.
O clima nas escolas é de muita animação, mas apesar do entusiasmo de toda a comunidade para este reinicio do ano letivo, profissionais da educação seguem preocupados com os resultados do processo ensino-aprendizagem.
O alerta vem do resultado do Pisa, que é o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, no levantamento referente ao ano passado. O estudo aponta que menos de 50% dos estudantes sabem o básico dos conteúdos de matemática, leitura e ciências.
Este percentual deixa o Brasil no grupo dos países que seguem abaixo da média, atrás de países vizinhos como Chile, Uruguai, Costa Rica e México. O resultado tem levado especialistas em educação a se debruçar sobre os estudos na busca de ferramentas que promovam o conhecimento de forma eficaz.
Para falar sobre o tema o JM conversou com Karla Vanessa da Silva Gilo, que é pedagoga e diretora do Colégio Apogeu em Pará de Minas. Segundo ela, esta defasagem ainda é consequência das medidas sanitárias adotadas durante a pandemia de covid-19.
Karla acredita que a superação deste cenário depende da criatividade dos educadores e de uma aproximação cada vez maior entre a escola e o aluno, entendendo suas demandas.
Apesar dos desafios, a pedagoga é otimista em relação ao futuro. Na visão dela, ao adotar novas estratégias de ensino e a implantação de boas ferramentas no processo ensino-aprendizagem, os resultados vão aparecer.
Vale lembrar que o Pisa avalia um conjunto de habilidades e competências esperadas ao fim do Ensino Fundamental, que são definidas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A primeira avaliação do programa foi aplicada em 2000.