As farmácias de Pará de Minas também começam a apresentar baixos estoques de repelente, em meio à epidemia de dengue em Minas Gerais. Segundo levantamento feito pelos empresários do setor, a demanda pelo produto cresceu seis vezes entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. A alta na procura fez com que os estoques de repelentes das lojas permanecessem abaixo do comum.
Até mesmo nos supermercados está difícil encontrar esses produtos e não há previsão de reabastecimento rápido. É que as indústrias já começaram a formalizar o risco de desabastecimento dos repelentes em função da demanda, que está muito maior do que a capacidade produtiva. A procura pelos repelentes disparou depois que o governador Romeu Zema decretou situação de emergência em Minas, por causa do aumento do número de casos de dengue e chikungunya.
E o Ministério da Saúde desmentiu uma informação que ganhou força nas redes sociais nos últimos dias, relacionando o uso da ivermectina no tratamento da dengue. Segundo a pasta, trata-se de um boato sem dado ou fonte que comprove a informação. Curiosamente, o medicamento, que é um parasitário, chegou a ser defendido em meio à pandemia de covid-19 como parte de um tratamento precoce contra a doença, porém, sem eficácia comprovada.
Ainda em nota, o Ministério da Saúde disse que a ivermectina não é eficaz para reduzir a carga viral da dengue, e não há qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da doença. Atualmente, para casos de dengue, a regulamentação prevê que o médico identifique os sintomas a partir de uma pesquisa com o próprio paciente. Em seguida, o profissional pode ou não solicitar exames laboratoriais.
Para os casos leves, por exemplo, a recomendação é repouso enquanto durar a febre, hidratação, administração de paracetamol ou dipirona se houver dor ou febre. As condutas clínicas indicadas são sustentadas em bases científicas e evidências de eficácia que garantem a segurança do paciente.
Foto Ilustrativa: Reprodução pixabay.com