O perigo aumentou. Pará de Minas tem dois óbitos suspeitos por dengue, segundo informação obtida pelo Jornal da Manhã junto à Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com os primeiros dados liberados, uma das vítimas é um idoso. Já sobre a outra vítima, nada foi repassado ainda. A declaração dos óbitos suspeitos chegou ao município ontem e a partir de agora a Secretaria Municipal de Saúde iniciará a investigação dos casos.
Esta nova realidade mostra claramente o agravamento da situação, embora não se possa dizer ainda que o cenário já seja classificado como epidêmico na cidade.
Diante disso, o JM buscou informações junto à enfermeira Maria de Lourdes Liguori, que é Referência Técnica em Vigilância Epidemiológica. Ela admitiu que a cidade está atravessando uma faixa perigosa:
Pará de Minas já está com 1.532 casos prováveis de dengue neste ano. Desse total, 33 já foram confirmados, mas o número tende a aumentar bem mais nos próximos dias à partir dos exames que são realizados. Também não estão descartadas as subnotificações, que é quando o paciente não procura o atendimento na rede pública de saúde.
Com vasta experiência à frente da Vigilância Epidemiológica, Maria de Lourdes orientou a população a confiar no atendimento médico e evitar “curas milagrosas” que são divulgadas na internet.
O aumento expressivo e rápido de casos de dengue não acontece apenas em Pará de Minas ou no estado de Minas Gerais. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já contabilizou neste ano mais de 920 mil casos prováveis, número que já é mais da metade do total de diagnósticos da doença em 2023.
A preocupação das autoridades é que o pico de dengue ainda não foi atingido. Além de Minas, que lidera o ranking de notificações, outros estados com cenários de alta são Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.
Fotos: ASCOM Prefeitura Municipal de Pará de Minas e Ilustrativa Reprodução pixabay.com