Entra em vigor a suspensão das cirurgias eletivas nas cidades da Macrorregião de Saúde Oeste, da qual Pará de Minas faz parte. A decisão foi comunicada, através de ofício, aos gestores municipais de saúde e hospitalares.
A suspensão valerá por 15 dias. Entre os motivos listados pela Regional estão a lotação acima da capacidade das Salas Vermelhas dos Hospitais e das UPAs, lotação em 100 % dos leitos de UTI Adulto e pediátrico e agravamento do cenário em função do grande número de casos suspeitos ou confirmados de dengue e covid-19.
A medida não foi uma surpresa para os secretários de saúde dos municípios, já que nos últimos dias eles foram comunicados da possibilidade de suspensão. Wagner Magesty, que responde pela pasta em Pará de Minas, conversou conosco a respeito.
A situação que mais preocupa no momento é a dengue. Minas Gerais vive uma epidemia em 2024, com mais de 363 mil casos prováveis registrados. Até a última atualização do boletim epidemiológico, 34 pessoas morreram por complicações da doença e outros 255 óbitos estão em investigação, sendo dois de moradores de Pará de Minas.
Na Regional de Saúde de Divinópolis, os números também são elevados, com mais de 30 mil casos prováveis. E já foi confirmada a primeira morte na região, além de outras 35 classificadas como suspeitas. Magesty considera a suspensão como um agravante na saúde pública, especialmente após o tempo que as cirurgias ficaram paradas durante a pandemia de covid-19.
Cirurgias eletivas são procedimentos programados, que o médico agenda dia e horário conforme disponibilidade do hospital. Entre as especialidades ofertadas estão ginecologia, oftalmologia, urologia e cirurgia vascular.
