Este 8 de março, lembrado em vários países do mundo como o Dia Internacional da Mulher, está sendo comemorado de diferentes formas. Presentes, homenagens, eventos, discussões sobre as conquistas e os desafios do sexo feminino, dentro e fora de casa. É uma data que também permite avaliações sobre a ascensão no mercado de trabalho do ‘sexo frágil’, como muitos ainda gostam de chamar. Mas embora, o reconhecimento à capacidade produtiva já seja grande, em se tratando de remuneração os homens continuam ganhando mais.
A discriminação aparece em muitas empresas, o que gera revolta no universo feminino. Mesmo desempenhando funções semelhantes, a média salarial das mulheres é menor que a dos homens. Outro fato que marca esta sexta-feira especial é a liberdade conquistada pelas mulheres às custas de muito trabalho e organização, para conciliar as atividades domésticas e profissionais.
Com jornadas duplas e, às vezes, até triplas, as mulheres conseguem lidar melhor com o acúmulo de tarefas. No entanto, mesmo com todas essas características, para muitas esta sexta-feira não é tão especial. É que o medo da violência, que acontece dentro de casa e nas ruas, vem assustando muito as mulheres. O Brasil nunca registrou tantas ocorrências como nesses últimos anos e as agressões têm acometido pessoas de todas as idades.
Esse, inclusive, foi o assunto que o Jornal da Manhã abordou com a deputada federal Ione Barbosa, mais conhecida como Delegada Ione. Ela esteve em Pará de Minas ontem à tarde, cumprindo agenda de trabalho e visitando familiares. A Delegada Ione ganhou notoriedade ao atuar na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Juiz de Fora. O trabalho policial dela foi tão elogiado que provocou o interesse de lideranças políticas.
Na entrevista ao JM, ela lamentou os números elevados da violência contra a mulher. Disse também que em sua vida profissional percebeu o quanto as vítimas ficam constrangidas diante da necessidade de denunciar as agressões, daí as subnotificações. A violência contra a mulher é muito maior do que podemos imaginar, por isso é preciso manter uma luta constante pela conscientização e a adoção de programas sociais em defesa das vítimas.
Outro ponto destacado pela Delegada Ione é a necessidade da mulher se valorizar.
Outro alerta feito pela Delegada Ione é que as mulheres não devem se deixar levar pela ilusão de que a agressão só acontece uma vez. Na grande maioria dos casos, ela só piora:
O Dia Internacional da Mulher foi declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. É uma data em memória a muita luta, mas também um dia para lembrar todas as vitórias alcançadas.
