Em meio ao aumento da demanda por atendimentos em virtude da dengue, a Secretaria Municipal de Saúde está com dificuldades de contratar médicos. Nem mesmo a proposta de pagar os plantões à vista tem atraído profissionais, exigindo um esforço ainda maior das equipes e do setor de planejamento da pasta.
Ainda não há um levantamento oficial apontando o déficit de médicos na rede pública de Pará de Minas, mas existem situações que evidenciam a falta de mão de obra. Um exemplo disso – e que aumentou o sinal de alerta da secretaria – aconteceu na noite da última segunda-feira (11), na UPA 24h.
Em determinado momento, havia 70 pessoas na recepção esperando por atendimento, e todos os profissionais do plantão estavam trabalhando. A demanda foi tanta que os médicos que estavam de folga reforçaram a assistência na unidade.
O secretário de Saúde, Wagner Magesty, está em contato com as equipes clínicas e monitorando o mercado na tentativa de ampliar o quadro de profissionais, mas admite que essa busca é cada vez mais desafiadora.
Atualmente, segundo a secretaria, a rede pública de saúde de Pará de Minas conta com 170 médicos. Apesar do mapeamento, ainda não há previsão para a chegada de mais profissionais. Boa parte dessa demanda elevada nas unidades de saúde, especialmente na UPA, se refere aos casos de dengue. Segundo Magesty, o atendimento a um paciente com suspeita ou diagnóstico da doença é demorado e gera uma fila de espera maior.
O secretário de Saúde ainda fez uma comparação com o período de alta da covid-19, explicando que apesar do aumento de casos, na pandemia o atendimento na rede pública foi diferente.
Ainda de acordo com dados da Secretaria de Saúde, nesses dias de alta dos casos de dengue, mesmo com o funcionamento das unidades sentinelas, a UPA chegou a registrar recordes de atendimentos por dia, com centenas de pessoas na fila. Vale lembrar que no local são atendidos diversos quadros, não apenas os de arboviroses.
