Após uma paralisação de dois dias nas atividades, os professores da rede estadual de ensino voltaram ao trabalho hoje.
O movimento teve baixa adesão de trabalhadores em Pará de Minas, mas reforçou que a categoria vai continuar reivindicando melhorias salariais e nas condições de trabalho.
Durante a suspensão das atividades os servidores da educação, liderados pelo Sind-UTE, participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, e promoveram atos regionais para pressionar o governo mineiro a atender suas propostas.
Segundo Rondinelli Alves, diretor da subsede do Sind-UTE em Pará de Minas, o foco principal dos professores é o piso salarial. O valor pago pelo Estado é inferior ao piso nacional definido pelo Ministério da Educação.
O salário inicial do professor da rede estadual de ensino é de R$ 2.652,22. Mas esse valor é referente à jornada de 24 horas semanais, carga horária usada como referência através de legislação específica. Já o piso nacional, reajustado neste ano pelo Ministério da Educação, é de R$ 4.580,57 para 40 horas semanais.
Outra pauta defendida pelos professores é que os aposentados que são contratados pelo governo de Minas possam ser atendidos pelo IPSEMG após a aposentadoria. Essa possibilidade estava prevista em um Projeto de Lei aprovado na Assembleia em 2023, cujo trecho foi vetado pelo governador Romeu Zema.
De acordo com o Sind-UTE, 56% dos mais de 175 mil servidores da educação em Minas são contratados. Os professores discutiram o assunto em audiência pública, e esperam pelo apoio dos deputados para a derrubada do veto do governador.
O sindicato continuará acompanhando e discutindo com os parlamentares e o Executivo mineiro sobre o assunto. Até o fechamento desta reportagem, o governo de Minas não havia se manifestado sobre a paralisação e reivindicações dos trabalhadores da educação.
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