Pessoas com diabetes devem redobrar os cuidados com a dengue. De acordo com uma pesquisa internacional, o problema crônico pode agravar os efeitos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
O estudo foi publicado recentemente pela revista científica holandesa Elsevier. O risco de hospitalização de pessoas com diabetes que contraíram dengue é de 63%. Enquanto os não diabéticos possuem, em média, 38% de risco de terem que ficar internados.
Os dados elevam, ainda mais, o estado de atenção das autoridades quanto à assistência a população, uma vez que no Brasil, estima-se que mais de 10% da população adulta seja diabética.
O médico endocrinologista Flávio Cadegiani comenta sobre os efeitos da diabetes durante a infecção de dengue, e alerta os pacientes a tomarem o máximo de cuidado possível no dia a dia:
De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde, 88% das mortes confirmadas no ano passado apresentavam pelo menos uma comorbidade, sendo as mais prevalentes a hipertensão arterial, com 53,3%, seguida da diabetes, com 28,8%. Desse total, houve predomínio do sexo feminino, com 52%, e idade média de 66 anos.
Em Pará de Minas, a curva de infecção de dengue continua elevada. Na última semana, foram mais de 180 notificações prováveis da doença. A Secretaria de Saúde estima que a cidade está no período de pico.
Para evitar a sobrecarga de atendimentos nas UBS’s e na UPA, o Município confirmou, a partir de hoje, a ampliação do horário de funcionamento do Centro de Atendimento à Dengue, que vai até às 22h. Também em horário estendido, até às 20h, estarão funcionando as Unidades Sentinelas: UBS Nossa Senhora da Piedade (antiga Policlínica) e UBS Walter Martins.
Todas as ações relacionadas à assistência à população vão vigorar até 31 de março, quando a Secretaria de Saúde fará uma análise do cenário epidemiológico para tomar novas medidas.
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