A Escola de Pilotagem EFAI, com sede em Contagem, divulgou nota ontem à tarde sobre a queda de um helicóptero de sua propriedade no Aeroporto Municipal de Pará de Minas, em incidente ocorrido por volta das 10h da manhã.
A manifestação da empresa já havia sido antecipada pelo instrutor chefe, comandante Leandro Deccache. A EFAI lamentou o incidente e informou que está colaborando com as autoridades na investigação das causas. A empresa também ressaltou que a aeronave estava em dia com a manutenção e que o piloto era experiente.O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também se manifestou.
Em nota, o órgão informou que os agentes do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, que é o órgão regional subordinado, irá realizar a ação inicial da ocorrência.
A realização dela consiste na utilização de técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial dos danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação.
O Cenipa informou também que a “conclusão da investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.
Por aqui, o Corpo de Bombeiros registrou a ocorrência como pouso forçado. A corporação foi acionada mais de uma hora depois do incidente, enviando uma unidade de resgate ao local.
Já no meio da tarde chegaram a Pará de Minas alguns agentes do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 3), órgão responsável pela investigação do caso. No entanto, eles não liberaram informações.
A presença deles no aeroporto foi acompanhada por pilotos, mecânicos e outros profissionais, mas ninguém se manifestou. No entanto, o Jornal da Manhã conseguiu apurar parte das circunstâncias do acidente com uma testemunha.
A dona de casa Valéria Aparecida da Silva, moradora na Avenida Nossa Senhora da Piedade, estava na cozinha de casa, quando viu a queda do helicóptero:
Além do susto, Valéria Silva disse que no bairro Santos Dumont o medo de acidentes sempre muito grande e aumentou com o fechamento do Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, já que Pará de Minas recebeu algumas oficinas mecânicas de aviação:
O helicóptero que caiu é um mono turbina Esquilo AS350, que tocou o chão com a pá da hélice antes de tombar na parte gramada do aeródromo. No interior dele estavam pessoas ligadas à Escola de Aviação, mas ninguém se feriu.
Esse modelo de helicóptero tem capacidade para seis passageiros e um piloto. Geralmente ele é utilizado para transporte executivo e de passageiros, ou então transporte médico e de carga externa, com limite de 1.160 quilos.
A EFAI só tem uma unidade desse modelo, que é utilizado para treinos de habilitação e treinamentos mais avançados.
Esta foi a segunda queda de helicóptero registrada no Aeroporto Arnauld Marinho em menos de uma semana. A primeira ocorrência aconteceu no dia 27 de março, quando uma aeronave modelo R66 caiu durante a decolagem. O piloto e o proprietário saíram ilesos.
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