Foi aberto hoje, às 7 horas, o velório do trabalhador que morreu carbonizado durante a explosão de uma caldeira na Reivax, na noite da última quinta-feira. O corpo de Antônio de Lima Gonzaga, de 64 anos, ficou no Velório Municipal e foi sepultado às 9 horas no Cemitério Santo Antônio.
Familiares estavam muito comovidos e têm recebido apoio de amigos e dos colegas de trabalho da vítima. Antônio trabalhou na indústria por mais de trinta anos.
Na Reivax, o dia ontem também foi de grande comoção entre os diretores e funcionários, principalmente os que testemunharam a explosão. A sexta-feira ainda foi de grande movimentação por parte das instituições de segurança.
Uma guarnição do Corpo de Bombeiros permaneceu no local o tempo todo, como medida preventiva para a possibilidade de alguma eventualidade, mas a presença dos bombeiros também tinha outra finalidade.
É que uma equipe auxiliou os procedimentos periciais, segundo informou o Capitão Thiago Boaventura:
O Capitão Boaventura informou ao Jornal da Manhã que a empresa trabalhava com laudo de segurança, emitido pela corporação:
A Polícia Civil também periciou o local no período da manhã, trabalho acompanhado pelo delegado Éderson Gonçalves da Silva, responsável pela Regional de Segurança Pública de Pará de Minas:
A exceção dos profissionais da segurança pública, a empresa não permitiu o acesso de ninguém ao local do acidente e nem mesmo na área administrativa.
Os portões da Reivax permaneceram fechados o dia todo e sempre que alguém tocava o interfone, uma funcionária descia as escadas e informava que a empresa estava fechada ontem.
O Jornal da Manhã recebeu informação que a diretoria somente irá se manifestar na próxima semana. Segundo a fonte, os diretores continuam muito abalados com o acidente.
Até o momento da explosão da caldeira, a Reivax estava com 683 dias sem acidentes de trabalho. A contagem, feita pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), era acompanhada pelos funcionários através de um letreiro instalado logo depois do portão de entrada dos trabalhadores.
Na noite de quinta-feira, a explosão foi percebida nas imediações da indústria pelo barulho seguido de muito fogo e fumaça. As chamas foram contidas pelo Corpo de Bombeiros com apoio da Siderúrgica Alterosa, que cedeu caminhões de água e brigadistas.
O incêndio ficou restrito a um só galpão, sendo extinto menos de duas horas depois.
Fotos: Rádio Santa Cruz FM/Myrtes Pereira