A população de Pará de Minas continua sofrendo com o aumento dos casos de dengue. O município já registrou mais de 3.700 notificações, sendo que 348 casos foram confirmados.
Estima-se que o número seja maior, levando em consideração as situações com sintomas leves, que ocorrem quando o paciente não procura atendimento nas unidades de saúde.O poder público tem feito o que é possível, tanto para o atendimento dos pacientes com sintomas de dengue e chikungunya, como também nas ações preventivas.
Mesmo assim a transmissão do vírus permanece muito alta na cidade, quebrando a rotina das famílias e das empresas. Há quem diga, inclusive, que a situação está lembrando a pandemia da Covid-19.
Além da debilidade do organismo humano, as doenças causadas pela picada do mosquito Aedes aegypti estão tirando os profissionais do mercado, mesmo que seja temporariamente.
Antônio Carlos, proprietário de uma lanchonete na rua do Rosário, no centro de Pará de Minas, é um exemplo desta realidade. Com sintomas fortes, ele não conseguiu sair para trabalhar e ainda está se recuperando da doença.
O comerciante acredita que o mosquito que o picou saiu de uma caçamba de entulhos que permaneceu durante vários dias perto de seu estabelecimento. Diante disso, ele pede mais fiscalização das caçambas de entulho e também dos depósitos de ferro-velho. Antônio Carlos também espera ansioso pela disponibilização da vacina contra a dengue para toda a população, acreditando que só assim este quadro epidêmico terá solução.
Quanto à vacina, o Ministério da Saúde anunciou que vai ampliar o total de doses contra a dengue a serem ofertadas pelo SUS a partir de 2025. A ministra Nísia Trindade informou que a Fiocruz está buscando parcerias privadas para ampliar a produção do imunizante. Além disso, o Instituto Butantan já está desenvolvendo uma vacina contra a dengue, em dose única. O imunizante deve ser submetido a análise da Anvisa até setembro deste ano.
