Pará de Minas ultrapassou a marca de 4 mil casos prováveis de dengue em 2024. Mesmo a cidade adotando diferentes medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti, a doença continua em alta, levando muitos pacientes para as unidades de saúde da rede pública e privada.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, já são 4.080 notificações prováveis, sendo que 392 foram confirmadas até o momento. Do total de pacientes que tiveram o diagnóstico positivo, 50,26% são homens e 49,74% mulheres.
Ainda de acordo com o perfil epidemiológico, a faixa etária preferida pelo mosquito vetor tem sido homens e mulheres de 20 a 29 anos, que representam quase 25% do total de casos confirmados.
O Ministério da Saúde está monitorando a situação de todo o país, com destaque para Minas Gerais, estado com maior quantidade de vítimas do Aedes. Os fenômenos climáticos aliado à falta de combate ao vetor são apontados como os principais fatores que causaram uma epidemia de dengue em Minas.
Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, explica que os sintomas das 3 doenças transmitidas pelo mosquito são parecidos, mas ao invés de ficar tentando descobrir o paciente deve procurar um atendimento médico e seguir as orientações do profissional.
Uma das preocupações das autoridades de saúde diz respeito à medicação. Não existe um remédio específico para tratar das arboviroses, o que dá brecha para as receitas milagrosas de internet. A especialista do Ministério da Saúde alerta para essas soluções e cita alguns componentes que podem agravar o quadro de dengue, por exemplo.
O melhor medicamento mesmo é a prevenção, e ela pode ser feita dentro de casa tirando alguns minutos por dia, como explica Alda Cruz.
A vacinação, que é outra aliada no combate à dengue, principal vírus transmitido pelo mosquito, ainda não tem previsão de chegar na rede pública de Pará de Minas. Isso reforça a importância da prevenção para que a proliferação do vetor diminua, reduzindo, também, o número de pacientes na cidade.
Foto Ilustrativa: Arquivo Rádio Santa Cruz FM
