Cartão postal de Pará de Minas, a praça Padre José Pereira Coelho começou a semana no centro das discussões. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram o estado caótico do espaço público na manhã de ontem, próximo à concha acústica.
A área estava completamente suja, com muitos objetos espalhados, como papelão, cobertores, colchões, roupas, balde, cacos de vidro e outros. Tinha até um colchão em cima de uma árvore do jardim da praça. Além da sujeira, a praça estava com forte cheiro de urina.
A bagunça foi provocada por pessoas em situação de rua que estão dormindo na concha acústica. Segundo o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Flávio Medina, eles fizeram uma espécie de festa no domingo a noite.
Uma equipe da secretaria, juntamente com trabalhadores da Engesp, esteve na praça e limpou o local. Já os materiais que estavam jogados, como colchões e papelões, foram recolhidos pela pasta.
Flávio Medina informou que o grupo que promoveu a sujeira na praça Padre José Pereira Coelho é composto por cerca de dez pessoas, que já foram abordadas pelos profissionais da assistência social, mas não aceitam nenhuma oferta do serviço público disponível.
Apesar da recusa, o secretário voltou a pedir a população para não oferecer dinheiro ou outros donativos a essas pessoas porque isso pode incentivar o consumo de álcool e drogas.
Flávio Medina também negou boatos de que a prefeitura não estaria ofertando as passagens ou viagens para pessoas que são de outras cidades e estão vivendo em situação de rua em Pará de Minas.
No ano passado, segundo dados da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, foram concedidas 130 passagens/viagens a esse público. Ainda de acordo com os números, o Centro Pop atendeu 729 pessoas nessas condições, sendo 106 homens e 623 mulheres. Entre os serviços oferecidos a eles estão alimentação, banho, kit roupas, cobertor, passe livre municipal (para idosos) e regularização de documentação.
E com relação à praça Padre José Pereira Coelho, a orientação é que as pessoas denunciem à Polícia Militar e à Guarda Civil Municipal quando flagrarem o uso inadequado daquele espaço. Todos têm o direito de ir e vir, mas não de danificar o patrimônio público.
Fotos: Rádio Santa Cruz FM/Germano Santos