O mundo inteiro continua assustado e triste com a situação do Rio Grande do Sul. Um dos principais estados brasileiros, tanto na questão econômica quanto no aspecto histórico e cultural, está sendo duramente castigado por fortes temporais que atingem a região desde o dia 27 de abril.
Segundo a última atualização da Defesa Civil gaúcha, 83 pessoas morreram por causa das chuvas e outras 111 pessoas estão desaparecidas. Não apenas pelos números, mas pelas dimensões dos estragos causados, essa foi considerada a pior tragédia ambiental da história do estado.
O Jornal da Manhã conseguiu conversar por mensagem com a paraminense Flávia Bernardes que está morando no sul há pouco mais de um ano, na cidade de São Leopoldo, uma das mais assoladas pelos temporais. Localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre, com aproximadamente 217 mil habitantes, o município é banhado pelo Rio dos Sinos, que transbordou e alagou quase 90% do território.
Para comunicar com a nossa reportagem, Flávia precisou ir para uma área onde ainda há energia e sinal de internet. Ela relatou o drama vivido pela população de São Leopoldo e como tem sido difícil os dias pós-temporal:
Segundo Flávia Bernardes, a ocorrência das chuvas foi avisada com antecedência, mas não era esperado um volume e intensidade tão fortes como foi. De acordo com a Prefeitura de São Leopoldo, o nível do Rio dos Sinos chegou a mais de 9 metros na tarde do último domingo.
Só para se ter uma ideia do tamanho do estrago na cidade gaúcha, a prefeitura informou que, pelo menos, 180 mil pessoas tiveram que sair de casa, precisando buscar acolhimento nas casas de amigos e parentes ou abrigos do poder público.
Isso significa que 82% da população total ficou desabrigada ou desalojada. Uma dificuldade enfrentada por Flávia e milhares de outras pessoas tem sido suprimento. Nessa hora, segundo ela, a força vem da união e solidariedade:
Depois de tudo que aconteceu e das consequências geradas pelos temporais, Flávia Bernardes destacou a mensagem que fica para toda sociedade:
Além de São Leopoldo, outros 331 dos 496 municípios do Rio Grande do Sul registraram algum tipo de problema, afetando milhares de pessoas. Apesar da distância geográfica com o sul, Flávia Bernardes pede para que a população de Pará de Minas possa ajudar com doações, seja de donativos ou dinheiro via Pix. A orientação é que as pessoas procurem canais oficiais sobre as chaves Pix para não doar para qualquer destinatário.
