Mudança na direção da Turi em Pará de Minas. Após seis anos, Djalma Rocha Júnior deixou o cargo de superintendente da concessionária de transporte público, função que agora passa a ser exercida pelo gestor José Pires da Silva. Djalma Júnior e José Pires se reuniram com o prefeito Elias Diniz para oficializar a troca e atualizar a situação do transporte na cidade. Logo após o encontro, eles concederam entrevista ao Jornal da Manhã.
O agora ex-superintendente da Turi disse que deixa o cargo com a sensação de que poderia ter feito mais ações para melhorar a prestação do serviço, porém, esbarrou em sérias dificuldades financeiras e redução de demanda de passageiros. Djalma revelou que, entre seus planos na gestão, estavam a renovação da frota e a apresentação do projeto bairro-centro.
Mas ao longo dos anos, especialmente após a chegada da pandemia de covid-19, os custos aumentaram e o número de passageiros ficou cada vez maior. Segundo ele, a empresa saiu de um resultado de 400 mil passageiros/mês para menos de 200 mil passageiros/mês. Uma das tentativas foi reivindicar um subsídio municipal mensal, o que até o momento não foi possível.
Apesar das limitações financeiras, Djalma Júnior citou alguns investimentos na área de tecnologia, como o aplicativo Kdê Bus, que facilita a identificação das linhas, trajetos e horários. Outros projetos, como o reconhecimento facial e o pagamento via pix, estão encaminhados.
Djalma não confirmou se continuará no grupo Pássaro Verde ou se terá outro destino. Ele está conversando com a empresa para definir seu próximo desafio. Com relação ao novo superintendente da Turi em Pará de Minas, José Pires da Silva acumula uma experiência de 43 anos no setor de transporte público.
Ele estava trabalhando em outro grupo em Belo Horizonte. José Pires chegou na semana passada e ainda está se inteirando das demandas, mas se mostrou aberto a conhecer e aplicar projetos inovadores, entre eles o sistema bairro-centro.
José Pires terá um grande desafio à frente da Turi em Pará de Minas. A empresa é, constantemente, alvo de reclamações dos passageiros pelas condições dos veículos e atrasos de algumas linhas. Além disso, a concessionária tem como concorrente a grande frota de veículos na cidade, são quase 60 mil ativos, o que tira muita gente do transporte público.
