Mais de 30 toneladas de donativos foram arrecadadas na mobilização social promovida pela CDL Pará de Minas em favor das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
As doações lotaram quatro caminhões e foram enviadas ao Sul em dois momentos: três veículos na última sexta-feira e outro caminhão ontem.
A iniciativa da CDL, que contou com o apoio da Guarda Municipal, Defesa Civil e escolas da cidade, integrou a campanha “Unidos pelo Rio Grande do Sul”, coletando doações de alimentos não perecíveis, água, roupas, roupas de cama e banho, além de produtos de higiene.
Fernando César dos Santos, coordenador da CDL, fez um agradecimento a toda população de Pará de Minas e de municípios vizinhos, como Igaratinga, que também colaboraram.
Entre o grande volume de objetos e alimentos arrecadados, uma doação em especial chamou atenção de Fernando: a água benta do Padre Libério.
Como aspecto negativo, Fernando lamentou as doações de materiais sem condições de uso, como roupas sujas e chinelos sem as correias. Elas foram retiradas e descartadas em um local adequado. Entre os inúmeros doadores da campanha estão o casal Leandro Almeida e Natália Luana e o filho Antony, de 3 anos.
Em conversa com o Jornal da Manhã, Leandro falou da importância em ajudar as famílias afetadas no Sul e de inserir o filho nesse gesto de empatia e solidariedade. Ele também elogiou a iniciativa da CDL.
O volume de doações foi tão grande que o espaço da CDL foi insuficiente para armazenar os donativos. A entidade contou com a ajuda das Escolas Ângela Maria e Manoel Batista, ambas da rede estadual de ensino, que cederam suas quadras para receber os alimentos, roupas e demais objetos.
A diretora da Escola Manoel Batista, Fabiana Henriques de Almeida Soares, disse que a campanha reforçou o lado humano da sociedade, com destaque para os estudantes que se mostram sensibilizados com a causa.
A CDL pretende continuar a campanha de arrecadação, mas, neste momento ela suspendeu o recebimento dos donativos. A explicação é que tem muitas doações chegando ao Rio Grande do Sul, e a entidade quer avaliar o que realmente a população gaúcha mais necessita para tornar a ação mais efetiva. Após essa análise, a mobilização será retomada e a população será informada sobre o que e onde doar.
Fotos: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM
