A garantia dada pelo governo federal, de que o produto não vai faltar nas gôndolas, e a falta de dinheiro do trabalhador para estocar demais em casa, freou a compra de arroz nos supermercados de Pará de Minas. As enchentes do Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional, provocaram uma corrida nos supermercados. Com medo do grão faltar, os consumidores reforçaram os estoques em casa.
Grande número de pessoas comprou arroz suficiente para os próximos dois ou três meses, aumentando a insegurança popular sobre o abastecimento normal. Mas, agora, o movimento nos supermercados retomou a rotina e deve continuar assim pelas próximas semanas.
Segundo o governo federal, o arroz importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai chegar ao consumidor brasileiro pelo valor máximo de R$4,00 por quilo. Esse preço é até menor que os praticados atualmente no varejo. Um pacote de cinco quilos do produto importado deverá custar R$20,00, enquanto hoje o valor médio do nacional é em torno de R$30,00.
O primeiro leilão para a compra do arroz será na próxima terça-feira, com a aquisição de 104 mil toneladas. O produto terá embalagem especial do governo, constando o preço pelo qual ele deve ser vendido. A primeira remessa será para Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia.
O governo federal está investindo R$416 milhões na importação do produto. O Ministério da Agricultura diz que o arroz importado não concorre com os agricultores brasileiros e justifica a importação com o objetivo de evitar especulação financeira e estabilizar os preços.
