O recente assassinato de uma adolescente e a tentativa de feminicídio, dias atrás, na praça Torquato de Almeida, deixaram comerciantes e moradores ainda mais preocupados em relação ao crescimento da violência naquela região.
Localizada no centro de Pará de Minas, com importantes prédios que fazem parte do acervo cultural da cidade, há vários anos que a praça se tornou alvo de reclamações.
As mais frequentes se referem ao ponto de drogas e à prostituição no local e chama atenção, principalmente, o fato de a violência estar crescendo justamente em uma praça que tem um posto policial em funcionamento, instalado no prédio onde funcionou o antigo terminal rodoviário.
O clima de apreensão é tão grande por ali que as pessoas têm medo de se identificar, quando avaliam a realidade da Torquato de Almeida. Este cidadão, por exemplo, só concordou em gravar entrevista para o Jornal da Manhã com a identidade mantida no anonimato:
Ele também lamentou a ausência de monitoramento preventivo da região, tanto por parte da Polícia Militar como da Guarda Municipal, afirmando que os agentes só aparecem quando solicitados para atender alguma ocorrência específica. E a reclamação se estende para a Assistência Social do município que, segundo ele, não está realizando seu trabalho de maneira efetiva com os moradores de rua.
Uma cidadã que passa frequentemente pela praça Torquato de Almeida também se sente insegura e afirma que o reforço da segurança deve ser feito não somente nos bairros, mas, principalmente na região central do município.
Outra pessoa que não quer ser identificada expõe que os casos envolvendo prostituição no local continuam acontecendo bastante.
Mas tem opiniões contrárias, como este trabalhador que faz uma afirmação importante. Na opinião dele, após a criação da Guarda Municipal, as situações de insegurança diminuíram um pouco.
O Jornal da Manhã entrou em contato com a Guarda Municipal e a Polícia Militar de Pará de Minas. Os dois órgãos de segurança informaram que o assunto será abordado em breve, em uma entrevista a ser marcada. A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social também não se manifestou. O espaço continua aberto.
