O apoio da Comissão de Assuntos Penitenciários da 18ª Subseção da OAB, assim como dos órgãos municipais que lidam com as questões da Pio Canedo em Pará de Minas, deve garantir às famílias dos detentos o direito de uma reunião com a direção do presídio.
O assunto foi discutido ontem, junto aos representantes do Conselho de Família dos Detentos. A pauta de reivindicações do encontro, que deve acontecer na próxima semana, vai priorizar o respeito ao cumprimento dos direitos dos detentos e seus familiares.
As reclamações já vêm de algum tempo, mas ficaram mais fortes há pouco mais de 30 dias, diante de várias situações que vem acontecendo nos presídios mineiros e Pará de Minas não foge à regra.
Segundo denúncias, os presos estão sem banhos de sol e com visitas comprometidas, devido ao descumprimento dos horários. Na Pio Canedo consta que a programação de visitações acontece no período de 8h às 15h, mas na prática isso deixou de acontecer.
Tatiane Funghi Cordeiro, presidente do Conselho de Família, informou ao Jornal da Manhã que os prejuízos têm sido grandes tanto para os detentos como para os visitantes:
Como alguns detentos da Pio Canedo foram transferidos para outras cidades, devido às suspeitas de envolvimento com facções criminosas, o descumprimento dos horários de visitas é ainda mais prejudicial para quem vem de longe. O fato foi revelado por Renata Pereira Vicente, que ficou consternada com os visitantes que chegaram de Muriaé.
Tatiane também comentou o assunto, dizendo que ninguém sabe se as transferências são legais:
Já Renata deixou claro que considera injusto que os familiares estejam sofrendo retaliações devido à insatisfação dos profissionais da segurança pública que, na luta por melhores condições de trabalho, especialmente valorização salarial, têm exercido exatamente o que está previsto em lei:
A direção da Pio Canedo não se manifestou. Todas as informações solicitadas foram encaminhadas à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública que informou apenas que as denúncias serão apuradas.
