O bronzeamento artificial já provocou pelo menos dois casos de câncer de pele em Pará de Minas nesses últimos meses. O alerta é da dermatologista Márcia Carneiro, que decidiu compartilhar o assunto com o público. Popularizado há alguns anos, com a utilização por celebridades, sobretudo no Rio de Janeiro, o bronzeamento com fita isolante, que simula roupas de banho, ganhou adeptos no mundo todo.
Em Pará de Minas também existem estabelecimentos que realizam esse tipo de bronzeamento, além de outras pessoas que fazem isso por conta própria, no quintal de casa. Acontece que a busca pelo bronzeamento perfeito, obtido em poucas horas, levou as pessoas a desenvolverem uma espécie de bronze artificial, a partir da aplicação de produtos químicos na pele, que aceleram a coloração.
E esse tipo de procedimento tem gerado consequências graves para a saúde, segundo adverte a médica Márcia Carneiro. Ela já atendeu dois casos de pacientes que desenvolveram câncer de pele em decorrência do bronzeamento. Falando ao Jornal da Manhã, a dermatologista explicou os efeitos danosos dos aceleradores químicos na pele.
Segundo a médica, o tipo de câncer observado nas pacientes que buscaram sua ajuda, chamou atenção devido à gravidade dos casos e a idade precoce para a incidência da doença.
Márcia Carneiro reforça a importância dos raios solares, que não podem ser demonizados, mas orienta que a exposição seja de forma saudável.
E para quem deseja ganhar uma corzinha, a dermatologista lembra que a exposição não pode ser maior do que 30 minutos. Ela também precisa ser feita de forma natural, sem a interferência de produtos químicos.
A médica também alerta sobre os casos em que os pacientes precisam buscar ajuda especializada como, por exemplo, o surgimento de lesões avermelhadas, feridas que não cicatrizam e pintas que mudam de cor.