O transporte público de Pará de Minas continua entre os assuntos que mais geram reclamações na cidade. A insatisfação dos usuários das linhas da concessionária Turi aumenta a cada dia. Os passageiros já não aguentam mais o desrespeito aos horários e as linhas reduzidas em determinados bairros. A semana começou com muitas broncas nos diversos pontos de ônibus.
Os trabalhadores que dependem desse tipo de condução são os que mais reclamam. Logo em seguida aparecem os pais que dependem do transporte público para levar e buscar os filhos nas escolas. Pessoas com deficiência física também se queixam, alegando muitas dificuldades para entrar nos ônibus. O estado de conservação deles também recebe críticas, sobretudo em relação aos assentos.
Os passageiros também se mostram desanimados pelo fato das reclamações não surtirem efeito. Não é de hoje que a insatisfação toma conta desse público e o serviço continua do mesmo jeito. O Jornal da Manhã foi procurado por várias pessoas, que não pouparam críticas à concessionária. Esta mulher, que não quer ser identificada publicamente, relatou até mesmo o descaso de funcionários da área administrativa:
Tem queixas também sobre os motoristas que estão “matando horário”, como denunciaram Daniel Henrique, do bairro JK, e Paulo Vicente, do Serra Verde:
A maneira grosseira com que alguns passageiros são tratados pelos motoristas da Turi também entrou no campo das reclamações. Dona Paula Campos, do Dom Bosco, tem 72 anos de idade e expõe o desrespeito com a terceira idade.
Joice Ferreira, do João Paulo II, reclamou da situação precária dos lotações que vivem estragando e deixando os passageiros na mão:
A unanimidade entre os usuários do transporte coletivo é que os R$4,40 cobrados pela passagem não compensam, diante da precariedade do serviço. O Jornal da Manhã levou as reclamações até a Turi, recebendo a informação de que ela estuda maneiras para melhorar a qualidade do serviço.
A empresa também se queixou dos desafios de manter as linhas, diante do encarecimento constante dos combustíveis e outros insumos necessários à manutenção dos ônibus. Quanto ao valor da passagem, a Turi informou que ele deveria ser maior para cobrir as despesas.
