Contas básicas do mês, como alimentos, água, energia elétrica, aluguel, transporte e outras, estão tirando o sono dos trabalhadores. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para dar conta das despesas essenciais uma família de quatro pessoas precisa de um salário mínimo de R$6.700,00.
Mas como a realidade é um pesadelo, com minguados R$1.412,00, a única saída que as famílias têm encontrado é exercitar aquele velho ditado popular de “se vira nos trinta”. E a situação piora em momentos como esse, de final de mês, quando o dinheiro já acabou e ainda faltam muitos dias para o próximo salário.
A realidade mostra muita gente sendo forçada a fazer malabarismo para se sustentar, caso da doméstica Márcia Silva. Ela tem deixado de pagar certas contas para colocar comida no prato e manter o básico:
O eletricista José Geraldo Oliveira concorda que o salário mínimo não cobre as despesas essenciais. Ele mesmo contraiu dívidas por causa da renda
Para bancar as despesas, o trabalhador Tiago Wagner exerce duas atividades. Em um período do dia ele presta serviços num posto de gasolina e no outro, como vendedor no centro da cidade.
A renda defasada e o custo de vida em ascendência continuam contribuindo para o endividamento dos trabalhadores, cujos índices vêm crescendo nos últimos meses. Atualmente, quase 79% das famílias estão nesta situação.
Fotos: Plínio César/Rádio Santa Cruz FM