A produção de etanol hidratado cresceu 18% em Minas Gerais nos dois primeiros meses da safra da cana-de-açúcar, mas os motoristas ainda não verão, por agora, a queda de preços para abastecimento. Dados da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas apontam que 422 mil m³ foram produzidos nos últimos dois meses, mesmo assim eles não serão suficientes para minimizar o impacto no bolso do trabalhador.
É que os preços ao consumidor dependem da saída do combustível da usina, dos impostos, das margens das distribuidoras e do custo da logística até que o produto chegue ao posto de combustível para encher o tanque dos veículos.
Outro fato que impede a queda no preço do etanol é que ele está cada vez mais competitivo em comparação com a gasolina, resultando no aumento das vendas, e essa aproximação tem grande poder de influência no mercado. O empresário Ricardo Matoso Almeida explicou a dinâmica do processo ao Jornal da Manhã, inclusive fazendo um alerta de que o preço pode subir nos próximos dias:
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Minas Gerais espera que a safra mineira continue produtiva e com preços atrativos para que o combustível seja mais competitivo. Se isso realmente acontecer, ele se mostrará uma opção viável para o motorista na hora da decisão de qual produto abastecer.
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