A população de Pará de Minas continua cobrando das autoridades medidas urgentes visando ao restabelecimento do posto do Instituto Médico Legal no município. O IML foi fechado há alguns anos por determinação da Polícia Civil, uma vez que o espaço em operação no Cemitério Santo Antônio era inapropriado. Além de pequeno, oferecia condições insalubres para os profissionais.
Desde então, os corpos são levados para o IML de Betim, que é o mais próximo daqui, e essa realidade tem causado muitos transtornos para as famílias, sobretudo emocionais. Além de viver momentos de extrema dor, a longa espera pela liberação do cadáver causa revolta. Não passa uma semana sequer sem que essas famílias manifestem seu repúdio pela dura realidade.
As cobranças também se avolumam na Câmara Municipal e já motivaram duras críticas sobre a demora no restabelecimento do IML de Pará de Minas. E enquanto nas esferas públicas os questionamentos aumentam, entre as famílias que enfrentam essas situações a dor não passa. O Jornal da Manhã ouviu o depoimento emocionado de um pai que, recentemente, perdeu a filha, de 24 anos.
Ela tirou a própria vida, o que já foi muito doloroso para a família. Mas tão triste como o fato em si, foi a espera pela liberação do corpo. Seu Claudinei da Cruz viveu essa angústia por três dias:
Ele pede que a população reforce as cobranças e que as autoridades tomem iniciativas capazes de acabar com a dor da espera:
O IML só poderá entrar em funcionamento quando o novo cemitério de Pará de Minas estiver em operação. Segundo informações recentes da prefeitura, o Cemitério Parque da Serra deverá ser inaugurado no próximo mês de agosto.
O passo seguinte será a busca de um convênio entre o município e o Governo de Minas para a cessão de um auxiliar de necropsia em caráter temporário ou definitivo. Não se sabe quando o procedimento estará formalizado.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM