O registro dos casos de chikungunya em Pará de Minas neste ano foi bem menor que as notificações de dengue, mas eles continuam em evidência diante das várias consequências sofridas pelas vítimas. A epidemia já se foi, mas as dores nas articulações permanecem no dia a dia das pessoas que contraíram a doença, que é transmitida pelo mosquito aedes aegypti.
As dores ficam mais fortes no período da manhã e à noite. E o que poucas pessoas sabem é que quanto mais o tempo passa, mais difícil fica o tratamento. O alerta é do médico reumatologista Ítalo Magalhães Gusmão que está lidando diariamente com essa situação em seu consultório.
Já há vários meses ele tem sido procurado por pacientes que, por um bom tempo, tentaram se livrar das dores com automedicação. Sem resultados e com o risco das inflamações se tornarem permanentes, ele faz um alerta às vítimas da chikungunya. Segundo o especialista, o prazo correto para uma pessoa iniciar o tratamento é a partir da terceira semana da infecção:
Quanto maior a demora do paciente em recorrer a um tratamento profissional, pior vai ficar a situação dele:
O tratamento, segundo o médico, varia de paciente para paciente. Esse é um tipo de situação em que os procedimentos padronizados não funcionam:
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, há menos de uma semana, Pará de Minas teve 211 casos confirmados de chikungunya neste ano. Mas outras 939 notificações aguardam o laudo dos exames laboratoriais. Em relação à dengue, são quase 1.300 casos confirmados e outras 7.540 notificações aguardando o resultado das análises.