Funcionários do abatedouro da Francap, uma das maiores empresas avícolas de Pará de Minas, estão em processo de espera. Eles aguardam para as próximas horas uma manifestação da diretoria, a respeito das reivindicações apresentadas ontem, durante um protesto que provocou a paralisação do turno da manhã.
São vários os pontos de insatisfação, começando pelo volume de trabalho superior ao do turno da tarde. Eles alegam que, de umas semanas para cá, passaram a abater cerca de 12 caminhões nas primeiras horas do dia, enquanto o turno da tarde recebe apenas 10. Para dar conta da demanda, muitos têm trabalhado bem mais que as horas combinadas e sem qualquer remuneração extra.
Os manifestantes também se queixaram da ausência total de folgas aos sábados e da grande defasagem do ticket alimentação. Segundo reclamações chegadas ao Jornal da Manhã, de modo geral o quadro funcional da empresa está desmotivado, diante das más condições de trabalho.
E essa desmotivação, ainda segundo as fontes, não acontece só nos abatedouros. Outros setores também registram o desânimo de muitos funcionários, o que estaria ocasionando a saída deles e gerando consequente piora na qualidade da mão de obra e da produção em si.
Alguns funcionários chegaram, inclusive, a dizer que o tratamento dispensado à maioria dos que prestam serviços no abatedouro é péssimo, gerando um ambiente de conflitos e insatisfação constantes. No abatedouro trabalham perto de 400 profissionais.
Durante a paralisação de ontem, houve uma reunião dos trabalhadores com alguns representantes da diretoria, mas os assuntos discutidos ali estão sendo mantidos internamente. Segundo informações, a diretoria ficou de dar uma resposta em breve.
De acordo com alguns funcionários, caso isso não aconteça rapidamente, haverá nova paralisação. O Jornal da Manhã entrou em contato com a empresa, recebendo a informação de que ela não irá se manifestar publicamente.
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