Devido aos altos custos, os caixas de autoatendimento nos supermercados brasileiros são bem poucos, representando uma realidade distante para a maioria das empresas do ramo, pelo menos por enquanto. Acontece que especialistas de mercado enxergam que esse é um caminho sem volta, diante de tanta dificuldade para contratação de mão de obra.
Nos países mais avançados, esses caixas já conquistaram grandes espaços na rede varejista. A tecnologia é de fácil manuseio. Consumidores que são familiarizados com celular, por exemplo, e possuem cartão de crédito, não têm dificuldade em lidar com o autoatendimento. O passo a passo começa com um clique na tela.
Em seguida, a pessoa passa o produto no leitor do código de barras, aguardando o reconhecimento, e repetindo o mesmo para outros produtos. Depois seleciona a forma de pagamento, aguarda a emissão da nota fiscal e retira as compras. Por enquanto, Pará de Minas tem duas redes de supermercados trabalhando com o sistema – Panelão e Rena.
Em comparação com o número de caixas com funcionários, o sistema de autoatendimento ocupa espaço bem menor, mas a tendência é de crescimento em pouco espaço de tempo. É que os consumidores estão gostando cada vez mais da experiência de lidar com a tecnologia.
Quanto mais jovens, maior a aceitação e eles apontam vários benefícios, começando pela rapidez do autoatendimento e das filas menores nesses caixas. O Jornal da Manhã ouviu três consumidores que agora só fazem uso desse sistema: Gustavo Ribeiro, Samuel Faria e Mateus Teixeira:
É mas apesar do entusiasmo desses e de muitos outras que compõem as novas gerações de consumo, o crescimento acelerado dos terminais de autoatendimento ainda deve demorar.
Segundo os sindicatos varejistas de gêneros alimentícios, a realidade brasileira não permite avanços tão rápidos. É uma questão que envolve custos, máquinas caras e a mudança de uma série de sistemas.
De forma realista, essas entidades afirmam que o país saiu de uma crise econômica sem precedentes, sem falar na retração de ganhos. Os dirigentes sindicais acreditam que as empresas conseguirão automatizar melhor seus negócios só daqui a uns cinco anos, com o avanço da economia e o crescimento da renda do trabalhador.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM