Uma notícia que tem implicação direta com a economia de Pará de Minas, sobretudo com o setor têxtil. A Justiça autorizou o processamento da recuperação judicial do Grupo Coteminas, ao qual a Santanense faz parte. A sentença do juiz Adilon Cláver de Resende, da 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, engloba as dez empresas que integram o grupo.
O valor da dívida é de R$2 bilhões e, segundo consta no processo, são cerca de 9.800 credores, incluindo trabalhadores da empresa. O que muda a partir de agora? Todas as ações e execuções contra o Grupo Coteminas devem ser suspensas por 180 dias. O plano de recuperação deve ser entregue à Justiça em até dois meses e as empresas do grupo também deverão apresentar mensalmente os demonstrativos financeiros, enquanto durar o processo.
A recuperação judicial foi possível após o Grupo Coteminas conseguir que o caso fosse julgado em Belo Horizonte. Havia uma indefinição se o pedido seria analisado em São Paulo, como alguns credores estavam solicitando. No entanto, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu que o processo seguisse na capital mineira, sob a justificativa de que o faturamento do grupo se concentra, na maior parte, em Minas.
Também pesou na decisão o fato da maioria dos credores estar no estado, principalmente micro e empresas de pequeno porte, além dos trabalhadores. Desde o fim da pandemia, o grupo vem tendo seus negócios impactados negativamente por vários fatores, principalmente a queda nas vendas.
A recuperação judicial vai trazer benefícios para as empresas e seus funcionários. No caso da Santanense, por exemplo, a perspectiva real é que os teares voltem a funcionar de forma plena em poucas semanas. Além disso, a empresa terá condições de quitar salários e benefícios atrasados.
Foto Ilustrativa: Reprodução Google Maps