Tutores de pets têm ficado estarrecidos com o grande número de ocorrências de mortes de animais esquecidos dentro dos carros. O assunto ganhou mais notoriedade depois que duas cadelas faleceram asfixiadas, dentro do veículo de uma renomada clínica veterinária em Goiânia, estado de Goiás.
Embora a fatalidade possa acontecer sob a responsabilidade de qualquer um, casos assim geram revolta e levantam questões sobre os cuidados e a negligência com os animais, quando são deixados em locais que prejudicam sua integridade física.
O médico veterinário Carlos Flister lamenta a situação e esclarece que animais com focinhos curtos e achatados sofrem mais com os riscos, diante da dificuldade de respiração e regulação da temperatura corporal.
O veterinário ainda explica que mesmo os dias mais frios e com pouco sol não são suficientes para impedir o superaquecimento dos veículos.
A falta de ventilação adequada também leva ao aumento rápido da temperatura corporal do animal, e isso pode resultar em vômitos, salivação excessiva, respiração ofegante, e até na perda de consciência, convulsões e morte. Caso seja realmente necessário deixar o animalzinho no carro por um curto período, existem formas mais seguras de fazer isso.
Algumas dicas são: colocar o veículo em um local com sombra, ligar o ar condicionado ou deixar as janelas abertas, colocar um aviso nos vidros do carro, informando que o bichinho está em segurança e, claro, voltar o mais rápido que puder. Importante ressaltar que para isso ser possível, o pet deve gostar de ficar no carro e se sentir confortável com a ausência do seu tutor.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Reprodução/Redes Sociais