Foi rápida a sessão do Tribunal do Júri que julgou e condenou o autor de um crime de feminicídio em Pará de Minas. O julgamento, de poucas horas, marcou a reabertura do Tribunal do Júri da Comarca, após o mês de recesso dos órgãos de Justiça.
Conforme o JM antecipou, o crime em questão chocou a cidade no final do ano passado quando o corpo de Eva de Fátima foi encontrado em estado de decomposição, cerca de quatro dias após o crime e com uma faca cravada no pescoço no bairro São Luiz.
José Adão Ribeiro, 64 anos, que era o marido da vítima, foi condenado a 19 anos de prisão por ter deferido várias facadas contra ela. O motivo foi a insatisfação dele por conta da esposa ter contado à filha sobre uma dívida imobiliária contraída pelo casal.
Ele confessou o crime, facilitando os trâmites do julgamento. O promotor de justiça, Renato de Vasconcelos Faria, autor da denúncia, falou ao Jornal da Manhã sobre o caso e destacou sua inconformidade com os crimes de violência contra a mulher que tanto chocam a sociedade.
Já o defensor público, José Walter Nogueira Soares, acompanhou o réu e explicou que, devido à sua confissão, o procedimento não teria outro caminho senão a condenação pelo crime.
Segundo o defensor público, o réu manifestou interesse em recorrer sobre o tempo de condenação. A juíza que presidiu o Tribunal do Júri foi a doutora Ana Carolina Ferreira Marques dos Prazeres, que acaba de chegar de Recife e realiza período de estágio na Comarca.