A cada dia surgem novos vendedores nos semáforos de Pará de Minas, oferecendo desde balas a água e pequenos objetos. De fato, a presença deles existe desde sempre, a diferença é que, agora, a clientela está mais exigente e por isso a atividade requer persistência e planejamento.
De modo geral, os autônomos costumam surgir pelas ruas quando o mercado está mais fechado para novas contratações pela CLT. Mas, ultimamente, estão sobrando vagas nas empresas e mesmo assim os vendedores de rua preferem se manter no próprio negócio.
É difícil? Sim! Às vezes, causa insegurança? Também. Vale à pena? A maioria acena afirmativamente e por isso mesmo não pensa em procurar outra atividade. Para mostrar a realidade dos vendedores nos semáforos da cidade, o Jornal da Manhã contou com a experiência de Isac Nazareno de Morais, que tem mais de oito anos na praça.
Ele trabalha nos semáforos da região da Ponte Grande, vendendo variedade de balas e chocolate. A rotina de Isac vai de segunda a sábado, das 8h às 17h. Com o passar dos anos ele formou uma clientela fiel e tem se dado bem no ramo:
Como toda atividade profissional tem suas dificuldades, a de Isac esbarra nos motoristas que desrespeitam o comércio ambulante:
Isac e tantos outros já tiveram a oportunidade de trabalhar em empresas pelo regime da CLT, mas não gostou. Embora reconheça que a carteira de trabalho assinada é uma garantia de renda, ele quer mesmo é continuar empreendendo:
Segundo o último levantamento, o Brasil tem mais de 15 milhões de pessoas que sobrevivem como vendedores ambulantes. Boa parte delas foi para as ruas pela dificuldade inicial de conseguir um emprego formal, mas a maioria se deu bem na função e decidiu continuar.
