Uma pesquisa que acaba de ser realizada no Brasil aponta que o uso do celular pelos estudantes já é proibido em quase 30% das escolas no país. Já em 64% dos estabelecimentos, o uso é permitido com regras, em determinados horários e espaços. Somente 7% liberam por completo o uso dessa tecnologia.
O levantamento durou um ano e contou com informações repassadas por mais de três mil gestores de escolas urbanas e rurais. A proibição do uso do celular nas escolas se tornou um tema recorrente em diversos países, diante dos prejuízos associados ao aparelho quanto à saúde mental e ao aprendizado das crianças e dos adolescentes.
A restrição foi recomendada, inclusive, em relatório da Unesco, que apontou os estudos mostrando uma associação negativa entre o uso das tecnologias e o desempenho dos estudantes. Em Pará de Minas ainda não há um consenso, mas é possível perceber que vários estabelecimentos passaram a restringir o aparelho. Em algumas escolas o uso é totalmente proibido, atendendo à orientação da Unesco.
Outras são mais liberais, aceitando a utilização do celular na hora do recreio. E tem ainda aquelas que permitem o uso na sala de aula para fins de pesquisa, desde que tenha supervisão dos professores. Já os alunos reclamam das proibições. Por eles, o celular ficaria na mão o tempo todo, situação que também preocupa os pais.
O Jornal da Manhã conversou com vários deles, apurando que a maioria apoia a proibição total do aparelho. É o caso de Ângela Braga para quem a escola não é lugar para celular. Ela reconhece a importância das tecnologias, que chegam para ajudar nas mais diversas atividades do cotidiano, mas deixa claro que tudo tem limite:
André Cândido Silva também concorda com a proibição e defende que apenas o professor tenha acesso ao celular na sala de aula:
Para Fabiana Pereira a proibição deve ir além da escola. Ela percebe que o uso do aparelho em casa também traz prejuízos na hora de uma pesquisa ou da realização das tarefas de casa.
Especialistas da área educacional recomendam aos pais que busquem informações da escola onde o filho está matriculado, para entender qual a política de uso do aparelho adotada pelo estabelecimento de ensino.
E em casa, a orientação deles é que o uso também tenha supervisão dos pais, tanto em relação aos conteúdos visitados por crianças e adolescentes, como em relação ao tempo de tela, evitando excessos.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução giovannacco (pixabay.com)
