Os efeitos da pandemia de covid-19 continuam presentes no mercado, mesmo já tendo passado um bom tempo. Um dos setores mais impactados é o farmacêutico, onde os consumidores estão com dificuldades de comprar até remédios simples como antibióticos, xaropes e antialérgicos.
E os problemas não se restringem ao varejo, caso das drogarias, porque até mesmo as unidades das redes públicas e privadas estão com dificuldade de manter o estoque dos medicamentos essenciais para a saúde e o bem-estar dos pacientes.
Embora a pandemia seja apontada como a maior causa da escassez dos medicamentos, a guerra da Ucrânia aparece como outro agravante e afetou em cheio o Brasil, porque 95% dos insumos vêm de outros países. Somente alguns antibióticos, medicamentos para depressão e ansiedade, além de algumas terapias contra câncer, são produzidos no país.
Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios, o desabastecimento dos remédios já atinge 65% das cidades brasileiras. Em São Paulo, por exemplo, que é a cidade mais avançada do país, 98% dos farmacêuticos entrevistados afirmaram estar com problemas devido à falta de remédios.
As farmácias mineiras também estão nesta situação, segundo informou ao Jornal da Manhã o consultor de vendas Augusto Costa. Ele trabalha para a Sanofi Medley, importante laboratório e distribuidor de medicamentos. Augusto tem reforçado esta informação aos diversos farmacêuticos de Pará de Minas:
O farmacêutico Clifford Junior Resende, da Rede Inova, confirma a falta de alguns medicamentos importantes. Ele tem cobrado em vão dos distribuidores e aguarda a solução dos problemas de importação:
O medicamento mais escasso nas farmácias é o antibiótico. Segundo os farmacêuticos, cerca de 90% dos clientes não encontram o remédio solicitado nas receitas médicas. Diante disso, os atendentes têm mostrado aos consumidores os genéricos ou similares.
