Cinco anos depois do alerta feito pelo então vereador Marcos Aurélio dos Santos, de que a concessão do prédio onde funciona o Colégio São Francisco venceria em dezembro de 2024, o problema está batendo às portas.
O imóvel em questão está localizado na rua Capitão Teixeira, no centro de Pará de Minas, a poucos metros da praça Galba Veloso. Há vinte anos ele foi cedido gratuitamente à direção do Colégio São Francisco, através de um projeto de lei.
Como o prazo vai terminar em dezembro deste ano, o assunto volta à tona agora, com outro alerta. Desta vez, feito pelo vereador Gustavo Duarte, questionando se a direção do colégio já está providenciando a transferência para outro local.
Gustavo ressalta que não está dando conotação política ao assunto, apenas cumpre o seu dever de fiscalizar o município, função inerente ao cargo de vereador. Segundo ele, o referido prédio é um dos maiores do patrimônio público e deveria estar à serviço da coletividade:
Ao justificar a necessidade de devolução do prédio, Gustavo Duarte disse também que o problema, além de financeiro, é ético e moral, uma vez que o colégio pertence à família do prefeito Elias Diniz:
Ainda segundo o vereador, para o caso de uma eventual renovação da concessão pública o procedimento precisaria ser feito de outra forma, oferecendo aos concorrentes o direito de participar:
Na época em que fez o alerta sobre o vencimento da concessão, o então vereador Marcos Aurélio chegou a enviar um ofício ao Ministério Público de Pará de Minas, através da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, pedindo que o órgão notificasse a direção do colégio sobre o assunto.
O Jornal da Manhã procurou a Prefeitura de Pará de Minas recebendo a informação de que, devido ao período eleitoral, ela vai se manifestar somente depois do dia 6 de outubro. Já na direção do Colégio São Francisco não conseguimos resposta. Foram várias ligações telefônicas atendidas por assessores da diretora, informando que a mesma não estava. Também enviamos mensagens de WhatsApp para o colégio, mas a resposta não veio. O espaço continua aberto.
Foto Ilustrativa: Arquivo Jornalismo/Rádio Santa Cruz FM