Enterrado no final da manhã de ontem o corpo do sargento Hebert Oliveira da Silva, de 35 anos, que foi assassinado no domingo em Onça de Pitangui, logo depois de uma visita à casa da irmã. O sepultamento aconteceu no cemitério Porto Seguro, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, terra natal do sargento. Sob forte comoção, familiares receberam a solidariedade de amigos e pediram por Justiça.
Uma das irmãs do militar, Lilian Lima, contou que ele estava feliz, no entanto, antes de deixar a casa dela chegou a falar sobre a morte de um grande amigo – o sargento Dias, que foi assassinado em janeiro deste ano por um bandido, durante uma perseguição policial. Segundo Lilian, Hebert continuava triste pela perda do amigo.
E ela aproveitou a oportunidade para recomendar ao irmão que não desse bobeira, dizendo a ele: Se acontecer com você atire e se defenda, porque bandido não tem nada a perder. Quando soube do fato, Lilian logo entendeu que Hebert não atirou para matar, porque atirou na perna do criminoso. O outro irmão do militar, de nome Esdras Oliveira da Silva, que é agente penitenciário, cobrou Justiça e lembrou que o assassino, Adriel Leão, tinha 27 passagens pela polícia.
Num desabafo, ele disse que vidas continuam sendo ceifadas, enquanto os bandidos tiram vidas de cidadãos de bem a troco de nada. Revoltado, Esdras disse também que a lei é bonita no papel, mas na prática não funciona. Como os bandidos sabem disso, continuam cometendo crimes. E conclui: “Somos reféns dos bandidos”.
A Polícia Militar de Minas Gerais prestou uma bonita homenagem durante o sepultamento do sargento Hebert. A 19ª Cia da PM, aqui de Pará de Minas, também participou do triste momento da despedida. Um ônibus, transportando vários PMs e membros da Guarda Municipal viajou até lá. A mãe do sargento recebeu a farda. E a bandeira do Brasil ficou sobre o caixão durante o enterro.
Foto e Vídeo: Reprodução 19ª CIA PM IND/7ªRPM - Pará de Minas