A perspectiva da população de Pará de Minas, Conceição do Pará e outras cidades vizinhas, de que a Estação de Tratamento de Esgoto de Itaúna resolveria a poluição dos principais mananciais de água da região, não passou mesmo de uma grande ilusão.
O desabafo foi feito pelo vereador Leo do Depósito, na Câmara Municipal. Como ex-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa, ele acompanhou de perto a construção da ETE de Itaúna, também acreditando na solução definitiva dos problemas ambientais.
Acontece que a obra de R$45 milhões, que levou dez anos para ser construída, está incompleta. Sua capacidade de operação no tratamento de esgoto é de 400 litros por segundo, mas a ETE só está trabalhando com 20% desse total,
Isso se deve, segundo o vereador, à ausência de uma tubulação capaz de levar o esgoto até a ETE, para que seja feito o tratamento. Ele levantou a informação junto aos próprios funcionários da estação e ficou indignado com a situação. Leo afirma que essa realidade é caótica e lamenta bastante que o problema continue existindo:
O vereador também fala da situação lamentável do Rio São João:
Quando presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Pará de Minas, o vereador Leo do Depósito chegou a solicitar uma intervenção do Governo de Minas devido à ausência do licenciamento ambiental, o que não aconteceu.
Ele espera que, desta vez, os órgãos públicos tomem medida de proteção ambiental, antes que seja tarde demais. O Jornal da Manhã buscou informações junto à Prefeitura de Itaúna, mas ela ainda não se manifestou. O espaço continua aberto.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Reprodução Gerência de Comunicação da Prefeitura de Itaúna