Desde o início da semana que Pará de Minas está quase que totalmente coberta por uma névoa, formada pela fumaça dos incêndios na cidade e em toda a região. De acordo com dados atualizados pelo Inmet, Pará de Minas e mais 357 municípios estão em alerta vermelho, que configura grande perigo, com umidade relativa do ar abaixo de 12%.
A situação daqui acompanha o clima na maior parte de Minas, e é resultado do maior número de incêndios registrados em agosto, nos últimos 13 anos. Além da névoa, a cidade tem registrado temperaturas muito altas para o inverno e baixíssima umidade do ar. Segundo os institutos de meteorologia, continuamos enfrentando situação semelhante à do deserto do Saara, no Norte da África.
Essa combinação de névoa e baixa umidade é que está deixando o ar em uma condição muito insalubre, provocando desconforto e podendo levar a sintomas como tosse seca, cansaço e ardência nos olhos, no nariz e na garganta, além de falta de ar. Os efeitos podem ser mais severos em grupos sensíveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas.
A onda de calor e a umidade de deserto só devem dar uma trégua – mesmo assim, bem leve – a partir de amanhã. Mesmo assim, o céu deverá continuar coberto pela névoa. Não há previsão de chuva pelo menos até a segunda quinzena. E para agravar ainda mais a situação, os incêndios continuam sem trégua. De acordo com o Corpo de Bombeiros, Minas Gerais tem registrado uma média diária de mais de 400 ocorrências.
Combo de doenças – perigo aumenta
O calor também está potencializando doenças. Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde mostra que a cada seis minutos, um paciente com sintomas gastrointestinais é atendido em uma unidade de saúde.
Em alguns casos, os sintomas gastrointestinais estão aparecendo após questões respiratórias. Em outras situações, o paciente tem os sintomas misturados por causa de um vírus. Médicos aconselham que para prevenir as infecções gastrointestinais e as respiratórias é preciso intensificar um costume simples – lavar as mãos, com água e sabão.
Esse simples hábito, protege a pessoa da contaminação do ambiente em que vivemos e dos alimentos, que são as principais fontes de infecção nessa época do ano. E nunca é demais lembrar que uma boa higienização dos alimentos e cuidados no acondicionamento deles é essencial, já que o calor acelera a proliferação de microorganismos.
Foto Ilustrativa: Arquivo Jornalismo/Rádio Santa Cruz FM