Um dado assustador tem preocupado as autoridades de saúde. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), em parceria com a Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins Bloomberg, de 2013 a 2019, houve aumento na proporção de fumantes entre as gestantes, de 4,7% para 8,5%.
O estudo também comprovou que a parcela de mulheres com menos de 25 anos e ensino fundamental incompleto é a que mais apresenta proporção de fumantes grávidas. O ambiente familiar com alto consumo de dispositivos eletrônicos também incentiva o fumo.
Cerca de dois terços das grávidas fumantes vivem em residências onde o fumo é permitido e o uso dos dispositivos nesses ambientes superou em cerca de 70% a proporção observada em casas livres do tabaco.
A situação tem preocupado bastante os médicos por causar problemas de saúde para a mãe e, principalmente o bebê. O médico Werner Copatto falou conosco:
O médico ainda ressaltou que em Pará de Minas, não há observação de casos de fumantes grávidas, mas o cenário ainda é preocupante no município.
A campanha do Dia Nacional de Combate ao Fumo neste ano teve como tema "Tabagismo: os danos para a gestante e para o bebê". Parar de fumar em qualquer momento da gestação é benéfico para o feto e para a gestante.
Muitas mulheres podem ser motivadas a parar de fumar durante a gestação e, segundo recomendação do Inca, os profissionais de saúde devem aproveitar para reforçar que a cessação do tabagismo irá reduzir os riscos à saúde de mãe e filho.