Comprar de forma impulsiva, gastar mais do que precisa e se arrepender em seguida, já virou rotina na vida de muitos brasileiros, segundo pesquisa recente realizada pela Serasa. De acordo com o levantamento, 71% dos consumidores já fizeram compras de forma não planejada e 72% se arrependeram dos produtos adquiridos no calor do momento.
Esse estudo inédito deu suporte à ação “Agosto Infinito, mas o Salário Não”, que propunha desafios semanais para melhoria das finanças no difícil e oitavo mês do ano. Essas comprinhas impulsivas são, muitas vezes, compensatórias, pois o ato de consumir pode trazer uma sensação muito boa, embora agrave outros problemas.
Quem falou com o Jornal da Manhã a respeito foi a psicóloga Ana Gabriela Barbosa Araújo para quem essa situação se tornou comum durante e depois da pandemia, e está se tornando mais frequente. As compras por impulso podem ser motivadas por vários fatores, começando pela sensação de pertencimento e passando pela oniomania, que é uma doença caracterizada pelo vício em comprar ou gastar.
A profissional ainda dá dicas de como não realizar as compras por impulso, evitando problemas futuros.
Para analisar as contas, o próprio bloco de notas do celular ou o tradicional caderninho são bons aliados. Outras dicas para escapar das compras indesejadas feitas por impulso é anotar apenas os produtos necessários para compra durante a semana. Evitar lojas físicas e silenciar aplicativos de promoções também ajudam a fugir das tentações que podem se tornar bolas de neve no final do mês.