Pará de Minas voltou a enfrentar o aumento dos casos de leishmaniose. Segundo levantamento do Centro de Controle de Zoonoses, as regiões dos bairros São Pedro, Grão Pará, São Cristóvão e Santos Dumont são as mais afetadas.
A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença infecciosa grave, mas não contagiosa, que acomete os cães. Ela compromete as células de defesa do organismo do animal, causando alterações em seus órgãos vitais.
O médico veterinário Oscar Leitão, que coordena os serviços de zoonose na cidade, se mostrou preocupado com a alta nos registros dos cães doentes na cidade.
A doença é multissistêmica, ou seja, se apresenta de forma diferente em cada animal, mas existem sinais clássicos, como lesões de pele ressecadas e descamando, lesões em volta dos olhos e nas pontas das orelhas e crescimento exagerado das unhas.
A leishmaniose é transmitida pelo mosquito palha e também pode atingir o ser o ser humano. Existe tratamento para a doença, mas ele é oferecido somente nas clínicas particulares. Outra forma de controle da doença é a eutanásia dos cães, no entanto, a decisão compete aos tutores.
Oscar chama atenção para a importância dos animais serem testados pelo menos uma vez ao ano, porque muitos não apresentam sintomas e por causa disso podem se tornar focos de risco para a transmissão:
Os exames diagnósticos de leishmaniose devem ser agendados pelo telefone do Centro de Controle de Zoonoses, que é o 37/3231-7817, mas também podem ser marcados pelo aplicativo da prefeitura. A prevenção da doença se resume na redução da população do mosquito palha, a partir do controle ambiental, com higiene básica do ambiente domiciliar.
Algumas recomendações são recolher as fezes dos animais diariamente, manter os quintais limpos e, em quintais arborizados, recolher as folhas que caem e manter lixeiras sempre tampadas. Outra forma de proteção está no uso de repelentes, tanto para animais quanto para humanos.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM